sexta-feira, 9 de julho de 2010

Paganini Horror


Recentemente re-assisti a este filme em uma das sessões comentadas pelo diretor Luigi Cozzi, no Fantaspoa, e resolvi colocar alguns comentários a respeito dele.

“Paganini Horror” é um filme bastante raro, difícil de conseguir uma cópia VHS de quando ele foi lançado no Brasil, pela desconhecida distribuidora Yellow Filmes.

O filme fala de uma banda que está tendo uma crise criativa até que o baterista, em contato com uma pessoa misteriosa e em troca de alguns milhares de dólares, consegue a partitura de uma música composta por Nicolò Paganini. Esta música, segundo reza a lenda, teria sido composta para uma seita secreta por Paganini e permanecia desconhecida até os dias de hoje.

A vocalista e líder da banda, ouvindo a melodia tocada pelo baterista em um piano (??), juntamente com a empresária da banda, decidem fazer um vídeo clipe. Decidem-se, então, por um casarão onde supostamente Paganini fez um pacto com o diabo para fama e contratando um diretor de filmes de terror para dirigir o filme.

Chegando ao casarão, depois de gravar uma parte do clipe, a baixista da banda é morta por Paganini, que utiliza um violino com uma lâmina retrátil para matá-la. Os outros que estão no casarão decidem sair para procurá-la e, no decorrer, acabam sendo mortos um a um.

Como disse, assiste a sessão comentada pelo diretor. O filme começa com a estrutura de um slasher: temos um assassino mascarado (Paganini) que utiliza, como “instrumento de trabalho”, um violino com uma lâmina. Mas a partir da morte do baterista da banda, o filme muda o rumo e se torna mais sobrenatural. A questão do ciclo sem fim, usada também no filme de David Lynch, “The Lost Highway”, é explorada como explicação para os acontecimentos do filme.



Mas mesmo sendo um filme divertidíssimo e que proporciona a plateia (como pude comprovar na sessão), diversas gargalhadas em função das explicações científicas, ele tem diversos problemas.

Existe um personagem que aparece e desaparece, sem dar maiores explicações. Durante as filmagens, existe um técnico que faz os efeitos de fumaça. Depois de um certo tempo, ele simplesmente desaparece e nunca mais volta a ser filmado. Posso até ter visto errado, mas não acho que era o baterista que estava fazendo os efeitos. Existe uma gravação num estúdio, de uma das músicas cuja qual a empresária e produtora da banda desgosta. Esta música, no estúdio, é interpretada pela banda como se elas estivessem em um show. A vocalista, a baixista e a guitarrista não tinham nem retorno para ouvir o que estava acontecendo. Além disso, a forma coo elas tocam os instrumentos é constrangedora. Em certa parte do filme, aparece uma de Albert Einstein, tentando dar uma explicação científica as viagens temporais, assim como diversas fórmulas na parede, inclusive a famosa fórmula de Einstein, E=mc², que calcula a energia de um corpo de massa “m” quando ele viaja a velocidade da luz. A fórmula, no caso, deveria ter sido a deste site:


Bom, chega de falar mal. O filme é bom, é divertido, e merece ser visto e receber um lançamento em DVD aqui no Brasil. Eu fui um dos priveligiados (a sessão estava lotada) de poder assistir ao filme em tela grande e escutar da boca de quem fez todos os detalhes desta obra interessante.