terça-feira, 20 de setembro de 2011

World of the Dead: The Zombie Diaries 2


Um soldado, três meses depois de uma epidemia que acabou com 99,9% (The Zombie Diaries, 2006) da raça humana, transformando todos em zumbis, resolve gravar suas impressões em uma camera. Ele começa mostrando um bunker com vários soldados, entrevistando cada um deles até que chega um caminhão de uma missão com um deles morto. Passando pela ala carcerária, ele encontra Leeann (a única sobrevivente do outro filme, sem incluir a gangue que abusava dela), uma garota perigosa que está presa. A noite, uma invasão de zumbis acaba com o bunker dos soldados, forçando-os a fugir e tentar uma nova missão, ir até a costa para serem resgatados e levados até o continente (o filme se passa na Inglaterra). Os soldados sobreviventes fogem em uma caminhão, mas logo perdem o veículo e devem seguir a pé, sobrevivendo a enxurrada de mortos-vivos que os circunda em toda a parte que vão, para conseguir achar uma chance de sair da ilha e tentar um lugar melhor para viver na Europa.


Mais um filme em primeira pessoa (parece que todos os que resolvi ver na última semana se encaixam no padrão), com uma suposta epidemia viral que transforma a população em zumbis. Continuação do filme já citado e também inglês, "The Zombie Diaries", "World of the Dead: The Zombie Diaries 2" não trás nada de novo. Eles apostam na mesma história do primeiro, somente usando a visão militar e não dos repórteres neste novo. A única personagem que se mantém é Leeann e a gangue que abusava dela, sendo os outros personagens novos. Há uma história paralela ao filme, mostrando uma tropa de extermínio separando homens de mulheres e matando-os indiscriminadamente. Ao final, mostra que um dos exterminadores é o sargento (ou seja lá que patente o diabo tem) que sobrevive ao final do filme. Se isso era para ter algum significado, simplesmente não funcionou, pois não acrescentou merda nenhuma na história. Aliás, esta história paralela e o final do filme, depois das mortes no bunker costeiro, são como um filme normal, sem filmagem em primeira pessoa. Então pra que filmar todo o filme com uma camera digital, cheia daqueles tremeliques, se chega no final e não usam o "false footage" e o exploram melhor? Bom, só o diretor e o roteiristas teriam esta resposta para nos dizer. O filme em si não é de todo ruim, os zumbis são bem feitos e aparecem em quantidade suficiente para que vc ache realmente que existe uma epidemia e que 99,9% da população (até o final do filme) da Inglaterra está morta.
Enfim, mais um filme de zumbis que não acrescenta nada a mitologia dos personagens, mas não desagrada totalmente em seu enredo. Assista por conta e risco.




segunda-feira, 19 de setembro de 2011

The Legend of Boggy Creek


Um documentário, que mostra diversos fatos ocorridos na cidade de Fouke, nos EUA, a respeito de encontros como um criatura parecida com o Pé Grande, conhecida como "Fouke Monster". O filme é narrado pelo seu diretor, assim como usa diversas entrevistas com pessoas reais que contam como encontraram com a criatura. Os encontros são encenados, sempre com a criatura aparecendo obscurecida (vc só vê que é um humanóide peludo). Os encontros seguem uma ordem cronológica, mostrando primeiro os encontros onde a criatura aparecia para as pessoas e fugia antes de receber tiros, até que um garoto acerta um tiro nela. Ao que parece (e o que o filme deixa a entender) é que após este encontro a criatura que antes só atacava animais e os matava para comer, agora procurava vingança contra as pessoas. Em um dos relatos, três garotas são presas dentro de um trailer e no outro dia, o gato da família é encontrado morto de susto no jardim, e, no melhor dos relatos, uma família tenta se refugiar da criatura dentro de um casa num ponto longínquo, no meio do mato. 


Antes de [REC], "The Blair Witch Project" e "Cannibal Holocausto", existia "The Legend of Boggy Creek". OK, o filme não é como estes outros três (false footage), mas a ideia em si é a mesma. Tentar fazer com que vc acredite em algo com relatos supostamente verdadeiros (no caso dos outros três, mostrando a gravação sem edição dos vídeos achados com as cenas mostrando o que ocorreu) através de um filme fictício. O filme possui duas músicas folk horríveis, composta e interpretadas pelo diretor do filme Charles B. Pierce, que narram dois momentos do filme. Além disso, o filme mostra imagens muito bonitas da região entre as duas partes que dividem o filme, monstro bonzinho - monstro mal, além de na sua abertura e no final do filme.
O destaque do filme fica mesmo para o último relato, o da família que se muda para uma casa isolada e é atacada pelo monstro. Nestas cenas, o diretor consegue passar suspense e medo ao telespectador (e quem diria, até alguns sustos) quando a criatura tenta invadir a casa da família e, quando entra em combate, manda um de seus membros para o hospital.
O filme possui ainda três continuações, chamadas: "Return to Boggy Creek"; "Boggy Creek II: And the Legend Continues"; "The Legacy of Boggy Creek".
Ainda não assisti nenhum destes outros três, mas já estou baixando para conferir.
Mesmo sendo em certas partes risível, principalmente numa parte da cena final onde mostra o rosto do monstro (muito rapidamente) mas é possível identificar uma máscara de macaco que deve ter sido conseguida de um daqueles filmes onde o monstro era um gorila das décadas de 40 e 50, "The Legend of Boggy Creek" merece uma chance pela sua originalidade, por ser o primeiro filme a trazer as telas a lenda do Pé Grande e pela cena final, que é bem feita, porém pessimamente interpretada.