segunda-feira, 26 de abril de 2010

Zombie Nation



Zombie Nation.

O que há para se falar sobre este filme?? Quase nada e muito. Cotado no IMDB como o #14 pior filme, esta produção de Americana de Ulli Lommel (que também é o produtor) é uma completa merda?!?

Policial abusado quando criança pela mãe deficiente, pega garotas na rua, as leva para dentro de um armazém onde injeta uma substância nelas e as mata. Depois “despeja” seus corpos em lugares diferentes. Porém, uma das garotas mortas tinha o “corpo fechado” por um ritual voodoo, que incluía a entrada de uma aranha e uma cobra “albina” dentro de sua vagina. Por ocasião deste ritual, todas as mulheres mortas pelo policial retornam, agora como zumbis, para se vingarem de seu executor.

Diretor de outras bombas como “Boogeyman II” e “Zodiac Killer”, e de outros não tão ruins como “The Boogeyman”, mas enfim, pela carreira do homem pode-se dizer que ele é um péssimo diretor. E “Zombie Nation” não é diferente. O filme mais parece uma produção de 1ª viagem, com todos os defeitos que um filme amador pode ter. As locações devem ter sido feitas no mesmo armazém, tanto quando se mostra em cena a delegacia de polícia (alias, nunca tinha visto uma delegacia de polícia tão fajuta em nenhum outro filme) quanto da “casa” do policial perturbado. Além disso, o filme tem diversas incoerências no roteiro. Para aproveitar a beleza de uma das atrizes, ele coloca um ritual de voodoo pra “fechar o corpo” de uma garota “Romena”. Bom, mesmo difícil de engolir que o voodoo tenha alguma relação com a Romênia, o Lommel ainda acha que somos burros o bastante para engolir que com o ritual de uma garota, que é jogada no mar, as outras 4 zombies, que foram enterradas, ressuscitem. Bom, e a partir daí (se já não antes) o filme degringola de vez. Depois da vingança, no terrível final do filme, as cinco zumbis se transformam nas novas combatentes do crime, em cenas que quase fizeram eu cair da cama de tanto rir das garotas prestando continência para câmera. Aliás, nestes cenas, elas estão usando os mesmo “Ray-ban” que anteriormente usaram para esconder os “olhos negros”, que é a única maquiagem para diferenciar um zumbi de uma pessoa normal. Mas isso não ocorre durante todo o filme. Em uma das cenas quando uma das garotas-zumbi, recebendo um “presente (!!)” das sacerdotisas que “fecharam o corpo” da garota Romena, vai até a casa de seu (“ex”) noivo, a maquiagem se torna a de um zumbi como nos outros filmes, onde a pele está caindo e feridas pustulentas aparecem pelo rosto. Mas quando ela volta para junto das sacerdotisas, só vemos os “olhos pretos” novamente. Nada mais de feridas. Aliás, nesta cena onde as sacerdotisas estão concedendo os “desejos” das zumbis, uma delas diz que quer dançar e cantar. Na próxima cena, então, vemos uma “dança” ridícula desta zumbi, totalmente desnecessária e mais do que fora de contexto para o filme.
O filme tem diversas incoerências mais, mas as duas "TOP" são: por que os parceiros do policial assassino descobriram que era ele que matava as garotas somente depois da 5ª (a garota Romena) muler assassinada, já que ele entrava no armazém com elas vivas e voltava sem elas e com uma sacola preta pesada?? Outra é uma luta entre dois policiais (sem a farda e em um depósito). Bom, no filme diz que os policiais eram todos amigos da Guerra do Golfo, mas por que outro policial foi tirar as dores do amigo?? Por que o próprio policial que era o assassino não o fez??? Depis desta cena, um dos policiais que era parceiro do policial assassino deixa de ser e passa o "cargo" a outro novato, amigo dele.
Bom, o filme é uma bomba gigantesca, ruim do começo ao fim, mas como todo o filme ruim, ele tem seu charme. Não tem como não rir durante toda a projeção das ridicularidades a que o diretor se propõe a mostrar e espera que o espectador engula.

Pra quem tiver estômago e coragem para aguentar 81 minutos do que o cinema tem de pior a oferecer, segue abaixo o link da bomba:
Também segue o link para a lista dos 100 piores filmes do IMDB:

domingo, 25 de abril de 2010

Ogroff




Psicopata mata tudo que passa pelo seu caminho com um machado.

E é só o que precisa se saber sobre este divertidíssimo slasher francês de 1983. O título do filme é o nome do personagem: um psicopata enlouquecido que mata tu que vê pela sua frente, inclusive uma criança, decapitando-a posteriormente.
Tudo no filme é "Z": a fotografia, a qualidade do vídeo, a qualidade do som, a sincronização das poucas falas (não deve ser mais do que 5 linhas em francês) com os movimentos labiais dos atores (!!!!), enfim, um legítimo exemplo de filme trash.
Aliás, pela falta de diálogo, acredito que seja o primeiro (e talvez único) slasher "mudo" da história do cinema.
Porém, o filme apresenta diversas peculiaridades. Claramente se vê que o filme é baseado em diversos slashers da época, como "Friday the 13th", "The Burning", "Halloween" e a lista se estende pelos clássicos do começo da década de 80, final de 70.
Pelo que pesquisei na web depois de assistir ao filme, o diretor parisiense Norbert Georges Moutier, que era publicava fanzines entre outras coisas, usou esta miscelânea para nos trazer este, por que não dizer, clássico desconhecido do trash.
O filme é uma sequência de erros intermináveis: problemas de continuidade, problemas de fugurino, maquiagem, posicionamento da câmera, entre outros defeitos técnicos estão lá para quem quiser aprender como não fazer um filme.
Porém, não deve se desmerecer o diretor: ele fez um filme para fãs assistirem, não para a crítica. E é aí que está a grande sacada e o que me fez admirar esta bosta de marca maior. Aliás, o filme da uma reviravolta no final que eu nunca vi em nenhum filme antes.

Citando algumas das cenas mais marcantes de Ogroff temos: a cena inicial, onde de cara, Ogroff dá uma machadada no peito de um garotinho e sai correndo atrás da mãe dele, perseguindo-a por muito tempo até desistir, quando ela quase consegue uma carona na estrada.
A cena da decapitação do garotinho, que já estava morto, mas ainda recebeu diversas machadadas no corpo on-screen para que as partes pudessem ser consumidas por Ogroff. Ah, esqueci de comentar, Ogroff também é canibal.
A cena onde, sem motivo e possibilidade dentro das leis da física, ele sai de dentro de um porta mala e machadeia a cabeça de uma mulher.
A cena do duelo do machado com a motosserra.

Agora, aos amantes de podreira que queiram assistir a este clássico, sugiro pararem de ler, pois a seguir o parágrafo conterá alguns spoilers...



A tal reviravolta final se dá quando Ogroff pega uma mulher que, ao que se entende do filme, era amiga da primeira que foi assassinada juntamente com o filho. Pois bem, Ogroff pega e leva ela para sua cabana e lá, pasmén, os dois trepam com o consentimento da garota. A partir daí, Ogroff tem uma namorada que lava suas roupas e tentan controlar o ímpeto assassino dele. Porém, a piranha resolve dar uma olhada no porão da casa de Ogroff. Durante todo o filme, Ogroff inadvertidamente, sempre que degusta um petisco retirado de uma de suas vítimas, joga um pouco para dentro do porão. Ora, dentro do porão Ogroff mantém cativos diversos zumbis (!!!!!!) que, por ignorância minha na língua francesa, não consegui entender se tinha algo a ver com algumas notícias que a piranha lê em recortes na casa do Ogro Francês. Pois bem, Ogroff de assassino se transforma em herói e começa, em uma louca investida, tentar acabar com todos os zumbis que cercam e tentam "comer" sua amada. Vendo que os zumbis eram muitos (e aliás, morrem e volta a aparecer diversas vezes durante a película), monta em sua moto (não sei de onde ela saiu, deve ter sido de uma de suas vítimas anteriores), põe o capacete e sai decapitando zumbis como um cavaleiro medieval. Porém, nosso herói cai e é cercado por uma horda sedenta de sangue e tripas. Não conseguindo acabar com todos, morre protegendo sua amada que sai correndo. Nesta corrida desenfreada cruza campos e florestas até chegar numa estrada, onde recebe carona de um padre que passa pelos arredores. E é nesta cena, a 2 minutos do final onde acontecem todos os diálogos do filme.
Pobre piranha, infelizmente o padre não era apenas um pároco, mas sim um vampiro disfarçado que para o carro e a ataca, matando-a.

FIM DOS SPOILERS

É nítido que o filme é uma colcha de retalhos de diversas ideias que o diretor tentou filmar junto. Se não é isso, ele simplesmente não tem noção alguma de coesão no que está escrevendo.
Divertidíssimo do início ao final, cheio das tralhas que todo o amante de trash gosta de ver (não as forçadas, estilo Troma, mas que saem, digamos assim, ao "natural"), com péssimos atores, com um péssimo diretor, mas com um "plus" de ser amante de filmes de terror, um péssimo roteiro, efeitos deploráveis, enfim, um trash com "T" maiúsculo.
Com certeza, quem gosta do gênero é obrigado a conhecer.

Segue o link para o download, via torrent, desta preciosidade:

The Incredibly Strange Creatures Who Stopped Living and Became Mixed-up Zombies!!




Três jovens vão até um parque de diversões onde encontram uma vidente. esta vidente, posteriormente hipnotiza um deles e o envia para matar um dançarina que esteve antes em sua tenda, para a qual previu que em seu futuro ela estaria morta, e a mesma, por acidente, acha a sala onde ela mantém os "zumbis confusos". Hipnotizado, o jovem assassina a dançarina e, ainda confuso por causa do hipnotismo, na manhã seguinte tenta matar sua namorada.

Considerado por muitos um dos piores filmes já feitos e, também, com um dos títulos mais ridículos e longos já criados. Os "zumbis confusos" do título são pessoas hipnotizadas pela vidente que, depois de terem sido usados por ela, são jogados em um quarto. Porém, antes de serem jogados neste quarto, a vidente joga um tipo de veneno no rosto deles, que após algum tempo os deforma deixando-os parecidos com mutantes. Quem espera algum zumbi no filme, sairá frustrado. Os "zumbis confusos" só aparecem no final do filme, atacando a todos que vêem pela frente, sendo mortos posteriormente pela polícia.

Além disso, o filme incorre de uma série de musicais chatíssimos e mal coreografados (além de intermináveis) onde mostram um dos eventos do parque de diversões, onde mulheres dançam de biquínis para apreciação masculina.

Péssimos, diálogos, péssimas atuações, péssimas coreografias, péssimas musicas, péssima maquiagem, péssimo trabalho de câmera, péssima montagem, péssima direção, péssimos atores fazem deste filme uma fonte inesgotável de gargalhadas. Considerado por muitos como sendo "cult" e sendo o primeiro "musical de horror" feito, "The Incredibly..." pode ser uma excelente diversão se o telespectador for preparado para o que vai assistir e com o espírito de rir do besteirol despropositado que passa por sua frente.

Caso algum corajoso deseje baixar esta pérola, segue o link:

http://www.zomicz.com/peliculas/index.php?id=676