segunda-feira, 10 de maio de 2010

Home de Ferro 2

Eu sou suspeito sempre quando falo ou escrevo algo sobre comics. Assim como ouvi entrevistas de pessoas que detestaram o “Alice no País das Maravilhas” de Tim Burton, em função de que não tinha nada a ver com a obra de Lewis Carroll (pseudônimo do matématico Inglês Charles Lutwidge Dodgson). Quando eu assisto a um filme sobre quadrinhos, gostaria que a essência (pelo menos) do que o autor em sua mídia original deixou transparecer. E este é um grande problema com todas (sem exceção) adaptações da Marvel ou DC (citando apenas as duas maiores). E não é diferente com a nova investida da Marvel, “Iron Man 2”.

Partindo do final do primeiro filme, nesta nova parte da saga do “Vingador Dourado-Escarlate”, vemos Tony Stark (Robert Downey, Jr., novamente muito bem no papel) declarando para o mundo que ele é o Homem de Ferro. Ivan Vanko (Mickey Rourke, ótimo no papel de vilão), filho de um cientista que trabalhou com o pai de Tony Stark, e que agora jura vingança contra o herói, contrói uma armadura cuja arma é um chicote eletrificado. Usando esta armadura numa corrida em Mônaco, ele tenta matar Tony que guiava o carro patrocinado por sua empresa na corrida, numa das melhores cenas do filme. Depois de preso, ele é libertado por um concorrente da Stark Enterprises que usa suas habilidades para tentar criar uma cópia da armadura do Homem de Ferro e vender a tecnologia para o governo americano. Além disso, Tony Stark está sofrendo um processo de envenenamento por Paládio, fonte de energia que faz com que o coração artificial criado por ele no primeiro filme continue funcionando.

A história do primeiro filme é melhor, mas isso é óbvio. Contar a origem de um herói é sempre mais fácil do que contar uma aventura isolada do mesmo. As melhores histórias em quadrinhos quase sempre são minisséries, que ficariam mutiladas se colocadas em filmes de 90 minutos. Mesmo assim, o segundo filme não faz feio e é bastante bom. A trilha sonora é um deleite a parte, liderada por duas músicas do AC/DC (Shoot to Thrill e Highway to Hell, nos créditos finais). Infelizmente, uma das partes mais marcantes da vida nos quadrinhos de Tony Stark (que resultou na quase falência da Stark Enterprises, a criação do “War Machine”, que é a armadura de James Rhodes, entre outras coisas interessantes), que é a fase onde ele é mostrado como um alcoólatra é muito pouco aproveitada neste filme. Além disso, os personagens coadjuvantes também estão muito bem, destaque para Samuel L. Jackson, como Nick Fury e Scarlett Johansson, como Viúva Negra. A cena onde ela invade a empresa de Hammer e derruba diversos seguranças é muito boa. Os efeitos especiais novamente são um show a parte. Os CGIs são bastante reais e muito bem feitos. Novamente, Stan Lee faz ponta (como em todos os filmes com personagens da Marvel) como um fã de Tony Stark, quando mostra a saída dele do comício, no começo do filme, com a câmera filmando a visão de Tony. Após os créditos iniciais, como vem acontecido seguidamente nos filmes da Marvel, mais um prelúdio para o Mega filme esperado para 2012, “The Avengers”. Neste prelúdio, vemos uma cratera no Novo México produzido por Mjolnir, o martelo de Thor.

Mesmo com as adaptações, o filme é bom e merece ser conferido nos cinemas.



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