quarta-feira, 11 de agosto de 2010

A Origem


Na década de 80 e 90, vários atores faziam filmes e “pose” de galãs no cinema americano. Filmes como “Cocktail”, “Top Gun”, “Titanic” entre outros, trouxeram e projetaram atores até então meio desconhecidos para a grande “massa”. Atores como “Tom Cruise”, Leonardo DiCaprio”, “Brad Pit” foram projetados por filmes como estes. Eu tinha grande ressalva quanto as estes atores e simplesmente detestava quando algum deles apareciam em cena.

Mas o tempo passou e estes atores foram ficando melhores (a idade parece que foi lapidando suas performances). Hoje, Brad Pit é um grande ator de Hollywood que faz ótimos filmes, como “Inglorius Bestards”, “Snatch”, “Interview with a Vampire” e “Fight Club”. “Tom Cruise”; “Interview with a Vampire”, “Operation Valkyrie” entre outros.

Mas o que mais me espantou entre estes três em especial, é a nova fase de Leonardo DiCaprio. Simplesmente não achava que ele conseguiria ser um bom ator. Mas suas perfomances em “Inception”, “Shutter Island” e “Blood Diamond” (em especial nos dois primeiros), me fez “morder a língua”. Pois, então, falarei um pouco sobre “Inception”, no Brasil “A Origem”, ao qual eu tive o grande prazer de assistir ontem a noite.

O filme nos conta a história de Cobb, um espião que entra dentro dos sonhos das pessoas e rouba certas informações. Com um mandato de prisão expedido pela suposta morte de sua mulher (tudo é explicado durante o filme), ele não tem condição de retornar ao seu país para ver seus dois filhos. Depois de uma tentativa frustrada de roubar informações do presidente de uma companhia, o presidente lesado propoe a Cobb que, ao invés de uma extração, ele gostaria que fosse implantada uma informação no cérebro de um rival, para que, após a morte de seu pai, ele dividisse o império conquistado por ele para evitar a monopolização do negócio. Com a promessa de que todas as acusações contra ele seriam retiradas caso fosse bem sucedido, Cobb monta uma equipe para conseguir colocar esta informação na cabeça do executivo da companhia.

O que há para falar deste filme além de dizer que ele tem tudo (se já não é) para ser um cult movie? Chritopher Nolan novamente acerta em cheio. Ele consegue explicar um filme de sonhos dentro de sonhos de uma maneira que eu nunca tinha visto antes. Efeitos visuais impecáveis, uma história envolvente que ao menos a mim, prendeu o interesse durante os 148 minutos de projeção. E o final, simples e eficiente. Como um ótimo filme deve ter. Simplesmente imperdível. Se vc ainda não assistiu, largue tudo o que está fazendo e assista a esta obra prima do diretor de “Dark Knight”.

2 comentários:

  1. Então meu amigo, estava eu pensando sobre esse filme. Você tem razão, o filme faz pensar. De fato.E em verdade eu fiquei pensando em sua obviedade desde o momento que eu terminei de assistir. Aquela velha idéia do "Ta, e daí?". O filme Inception é muito simples em sua complexidade. Muito mais simples do que muitos outros filmes do Nolan. Talvez seja por que ele não quis criar um mundo muito estranho, que gerasse multiplas interpretações. O que é um mérito.
    Bem, como tu sabes, eu sou uma pessoa meio fraquinha para essas coisas. Tenho que assistir muitas vezes um filme para pegar certas coisas e, ainda assim, muitas vezes certas coisas passam despercebidas.
    Eu sou uma pessoa que precisa de informações auxiliares. Fato!
    Dito isso, estava ouvindo um podcast sobre o filme.

    http://www.soshollywood.com.br/category/sos-cast/

    O Podcast é muito bom, um pessoal inteligente falando. Só que eu tinha a mesma impressão que eu tive vendo o filme, achei óbvio demais, simples demais para o estardalhaço. O que me chamou mais a atenção foi uma música do Pink Floyd no meio do programa. Então vem a bomba: "A aliança é o totem do Cobb, o peão é da Mal". Parece simples, mas não é. Por que isso anula o final, o peão pode girar pra sempre, por que é o totem dela, ele esta virando as costas para ela e não para a realidade.Sim, isso esta na cara, que o totem era dela, mas tu assume que o Cobb se apossou do totem dela. Isso não é verdade, ele usava o peão por obsessão, o totem dele era o anel, por que, segundo aquele filho da puta (no bom sentido) do Barreto, o cara estava sem aliança no mundo dos sonhos. Não posso comprovar isso. Mas seria, como você mesmo diz, "Muito a fudê".

    Fica a dica ai meu amigo.Escute o programa se achar interessante, agora da licença que eu vou ouvir Sing for the moment do Eminem.

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  2. Bom, só pra exemplificar...
    Somente por gerar tanto conflito e opiniões diversas o filme já é interessante. A grande sacada do final do filme é vc não saber se o que ele consegue, ficar definitivamente com seus filhos, é sonho ou realidade.

    E a genialidade de Nolan é mostrada não por complexar um assunto que ninguém entende direito, mas sim por criar certas regras e fazer com que diversas pessoas consignam entender o que ele está tentando passar.
    Resumindo, um filme inteligente, sem ser feito para intelectualóides molóides...

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