terça-feira, 3 de maio de 2011

Scream 4 a.k.a. Pânico 4


Segue um resumo do que é a nova tentativa de Wes Craven de voltar ao gênero: Sidney Prescot volta a Woodsboro, depois de 11 anos, para lançar seu livro de auto-ajuda. Coincidentemente, a premierè de seu livro é na mesma semana em que ocorreu o “Massacre em Woodsboro” (fatos que aconteceram em Pânico). Não precisa mais se falar nada, quando Sidney chega à cidade, “Ghostface” novamente volta a atacar.

Na realidade, a trama de “Pânico 4” nada mais é do que um remake de “Pânico”, sem tirar nem por. As mesmas situações, o mesmo desfecho, os mesmos personagens principais, etc. Mas a grande sacada do filme (graças ao retorno do roteirista Kevin Willianson) é que o filme brinca com ele próprio, fazendo várias referências aos filmes antigos da série, além de outros clássicos do terror. A brincadeira final, nos diálogos, é uma das mais bem sacadas do filme (contrariando algumas cagadas que o próprio Craven já cometeu na vida). Só pra vcs verem as semelhanças entre os dois filmes, colocarei alguns SPOILERS abaixo. Se ainda não assistiu ao filme, por favor, não leia para não estragar a surpresa...



1° Os dois policiais, falando sobre as regras de filmes de “policiais” dento do carro patrulha para em frente à casa da tia de Sidney remete a discussão que os garotos tem na festa, dizendo quais eram as regras dos filmes de terror e quem ia morrer e por quê;

2° O revelação final é quase que a mesma do primeiro filme da franquia, guardando as devidas proporções;

3° Gale e Dwayne fazem o mesmo papel que faziam no primeiro filme. Dwayne está ainda mais paspalhão que antes;

4° As mortes, a forma como elas acontecem, o enredo de forma geral, é muito semelhante com o do primeiro filme, porém com doses de gore a mais;



FIM DO SPOILER.



Pra mim, esta foi uma das grandes sacadas do filme, fazer dele um remake do primeiro filme, disfarçado de continuação. Ele é uma continuação, tem todos os elementos da continuação, mas ao mesmo tempo, tem os elementos de um remake. É a tal da metalinguagem falada em diversos sites de críticas. Além disso, o filme dentro do filme (agora dentro do filme duas vezes, como mostra o “Stab 6 e 7”, filme baseado nos livros de Gale) além das detonações a subgêneros como as continuações de “Sexta Feira 13”, a franquia “Jogos Mortais” entre tantas outras.

Wes Craven conseguiu sair do marasmo de filmes chatos que vinha produzindo e dirigindo a muito tempo e fez a melhor das sequências de “Pânico”. Um filme que merece ser visto no cinema, com aquele balde de pipoca e um refrigerante do lado (se preferir, como eu, uma garrafa de ceva também cai bem). A única ressalva que tenho é contra o final: se era para mudar as regras, eles poderiam ter ousado mais e dado um tapa de luvas na cara da audiência, terminando o filme na saída da casa do massacre final. A parte do hospital (mesmo sendo outra homenagem) não precisa estar ali.






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